quarta-feira, 28 de maio de 2014

(sem título)



Vai ter mesmo que valer a pena. Vou ter mesmo que fazer com que valha a pena. A tanto e a tantos que deixo longe, fisicamente, muito mais do que alguma vez queria deixar, às vezes demais. Irreversivelmente. Às vezes. Mas, também irreversivelmente, juntos. Sempre. Nas memórias. Nos pensamentos. Nos nossos momentos. Nos meus, momentos, estão sempre lá. todos. Todos em especial. São todos parte de mim, e o meu todo. Vai valer a pena. Porque já vale. Mas hoje.

 Coutinho
27 Maio 2014

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Minhas mãos

e assim se inicia um novo ciclo. Encerrando o anterior, que não fica para trás, antes nos rodeia. Para sempre. Em forma de Vida. O Passado já passou e O futuro não existe. a não ser quando é Presente. E o Presente já é passado num instante. E são esses ciclos, fechados ou por abrir, infinitamente cónicos, que nos estruturam e nos fazem atravessar o tempo passado, para chegar aqui. Onde era futuro. O que temos nas mãos podemos ou não largar. As mesmas mãos com que queremos agarrar o que ainda há-de vir.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

S E M J E I TO

Hoje a Lua parece o sol. A noite parece dia. o amargo, doce azia. Que falta me fazia ter um dia de caracol.. Preciso tanto de chorar e não me cai uma lágrima. Sinto-me inundado de sensações, afogado nessas àguas minhas que sorvo. E tenho sono, mas não caio a dormir. Não me deito. É o meu jeito. Mas não me dá jeito, mata-me aos poucos. Que vontade de viver, que vontade de ter, de dar prazer. Que vontade de explodir em milhares de sentimentos. Profanados de mim. Sou assim. É o meu jeito. Estou tão cansado que só consigo continuar, Estou tão triste, mas nem tanto. Só consigo ser Feliz de vez em quando. Que vontade de abraçar este luar. neste momento. continuando. E as ruas, os passeios e os cruzamentos. e as pontes. E as construções e os aluimentos. e as pedras da calçada que já não me dizem nada, quando passas, quando passo. A cada passo que não dou, passou. E as mãos nos excrementos, a perna no buraco e a pedra no sapato. A sola lisa que desliza. E os pés que tropeçam nos momentos, e os sonhos e os sentimentos que esvaem em desacato. Outra dose no meu prato, que eu quero comer a minha vida. Devorar a cada dia, ao meu jeito. Com doce azia. Foi-se a noite, chegou vazia. e o amargo foi-se ao luar. embrulho-me de magia e deito-me para acordar. Vou-me deitar. Sou assim, é o meu jeito. Fechem a porta. Fechem bem a porta, que eu quero entrar. Miguel Coutinho

sábado, 26 de março de 2011

eM jeiTo DE

Ao invés de invejar o sucesso das pessoas, agradeço-Lhes por me mostrarem que é possível.

Feeding my hunger of

Ninguém sonha com o caminho para chegar lá. Sonhamos com o Lá. e fazemos o caminho se for para Lá que realmente queremos ir. E quando, pelo caminho e no caminho, temos a sorte de estar bem acompanhados, desfrutamos a fortuna sem nos preocuparmos demais no Lá chegar. Deixamos o Lá no lugar do sonho e vivemos o presente como se Lá estivessemos. e juntos havemos de chegar..Lá. e sonhar de olhos bem abertos.

Life.


Miguel Coutinho (07:53 do dia de acordar do 1º sonho e a um dia de voltar a sonhar)

domingo, 23 de janeiro de 2011

FADO ...meu fado de chegar.

F A D O
…meu fado de chegar.

Não é do Fado da Amália que vos falo hoje.
Não é da sua Voz, enorme, de Fado.
É do Fado em nome de DESTINO.
Destino.
UM conceito em que EU não acredito.
Absolutamente.
Não acredito.
Nunca tive medo de chegar. Mas sempre muito pouca vontade de partir. De deixar o que tenho, até porque o que sempre tive, sempre foi. No mínimo dos míninmos.
BOM.
FADO.
De Aveiro fui para Viana Do Castelo, sem conhecer ninguém. Duas cidades geminadas, irmãs, e ninguém que nos unisse. As primeiras 3 pessoas com quem partilhei casa, a vida, são meus amigos, somos amigos hoje, que não nos vemos há anos, somos amigos hoje, como se ainda vivêssemos juntos. Depois deste tempo todo. Não é uma convicção, é um sentimento.
Em Viana fui para Orebro, Suécia. Ainda que acompanhado por um amigo, e com a força que isso nos dá, tudo era novo. Percebi como é possível gostar de alguém, em 3 ou 4 meses, ao ponto de os desejar AGORA, AQUI, ao pé de mim, 9 anos depois. Ao ponto de desejar hoje que todos os seus sonhos estejam em Forma, ao ponto de acreditar que em três meses…ou quatro…fiz Amigos.
Entretanto, numa surpresa nem pensada, 2 dias e decidi. Nem mais um. Não podia. E no meio de incertezas e fobias, fui para o meio do atlântico, mais uma vez para o desconhecido e apenas restringido a um amigo comum. Caí na casa dele(s) de pára-quedas. e UMA semana ou duas para encontrar refugio. Acontece que as 3 pessoas que me acolheram, me deram uma alegria. E VIVI com eles 8 meses de intensas alegrias…e muito trabalho, facilitado pelo regresso diário à sua companhia. A nós. …Grande Minhoto..
Volto a Aveiro. Minha terra. Minha família. Meus amigos de sempre, minha família. E..novos amigos. Intensos. Carinhosos. Talentosos e talentosos do carinho. Até me apaixonei. Lágrimas e sorrisos, e um novo mundo dentro da minha cidade. E os de sempre…Os de sempre, sempre. Não há volta a dar. Graças à LUA.
Finalmente chego a Lisboa. Sem nunca o ter pesado, sabia perfeitamente o seu peso na minha vontade. Nunca fui de ficar parado, apesar da preguiça, sempre fui de correr atrás. Mesmo que atrasado. Sinto-me em cliché. “estou no sitio em que sempre quis estar”. À procura de um sonho…não!! A SONHAR,
E passo ante passo, pé ante pé, dedo depois do dedo, sigo o meu caminho. E não há caminho solitário. Por muito só que esteja. A cada passo uma pessoa. Um conhecido. Um amigo. Uma amante. Um inspirador. Um louco.
Todos iguais a mim.
E conheço Gente interessante. E mais. E ainda mais. E…Mais ainda. Mais gente e mais interessante.
É este o meu fado?
É este o fado do qual não posso uma lágrima?
Sem dúvida. ´
Posso queixar-me de tudo e algo mais. Neste aspecto não. Nem pensar. Sempre fui, e sempre aqui é mesmo sempre, muito FELIZ na sorte das pessoas que fui encontrar. Em cada lugar. Em cada LUGAR! Em cada LUAR..
E na ultima lua cheia( de 19 para 20 ou 21), que acaba agora – não acaba nunca - de brilhar, iluminar, foi a minha verdadeira estreia e a prova mais recente do meu FADO. Do meu fado BOM. O meu fado de amar. O meu fado de me apaixonar. Repetidamente por quem estou a encontrar, Incondicionalmente por quem me faz bem. Por quem me faz viver. Sem sonhar sequer, sem sequer sonhar que o está a fazer.
Mas faz.
E eu só posso agradecer.
Ao meu fado.
Fado BOM.
Ao destino que NUNCA me traçarás.
Que eu o faço.
Ai se faço!
Ao meu destino que EU o traço.
Ai se traço!
Aos meus sonhos que os enlaço,
E embalo, no meu regaço.
Para nunca adormecer sem antes os alcançar.
E tento.
E vivo.
Nem que viva de tentar.
E abraço.
Abraço.
O meu Fado BOM.
FADO.
BOM.
FADO.
Esse Fado de que vos falo.
Esse meu Fado de chegar a ti.
A Vocês. A NÓS.
O meu.
Bom.
FADO.

Miguel Coutinho
(07:57) 23.o1.2011

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

SOU


Libertando-se da sua carapaça social. Voltando a ser Corpo e Mente.
Somente.
Para poder ser tudo aquilo que quiser ser.


Miguel Coutinho

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Também por ser o Teu Aniversário


JOÃO. Tem nome de rapaz, uma das Mulheres mais fascinantes que conheci. Tem a força que às vezes me falta. e tem a falta que às vezes me faz perder a força. Mas tem sobretudo uma enorme beleza. Que vem de dentro, e se estende até aos olhos de quem a consegue Ver. Impetuosa sim. De feitio vincado também. Mas do mau feitio que nos fala o vento, nem vê-lo; quando está Feliz tem um olhar de mar tranquilo. Não, não é azul, é..enorme, e é possível admira-lo horas a fio sem pestanejar.
MARIA gosta de Viver em sangue quente. Pouca gente consegue ser tão emocional e racional ao mesmo tempo. Tão Terrena ou Lunar no mesmo dia. Às vezes parecem ser defeitos, mas a Vida desmascara essa mentira. a quem VIVE de noite e de dia. ao mesmo tempo.
Neste dia, que há mais de um ano Solar, ou será Lunar?, passou a ser especial, para mim também, por Ti, quero que tudo o que é especial, e essencial para esse teu olhar FELIZ , de Lua e mar ao mesmo tempo, INUNDE OS TEUS DIAS. PONTO.

P A R A B É N S



Miguel Coutinho

(Planeta Lua, 13 de Julho 2010)